sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

OS PERIQUITOS ARLEQUINS



PERIQUITOS  MALHADOS

Os Arlequins, também conhecidos como “Malhados” representam um grupo de mutações que se caracterizam pela existência de manchas (ausência de marcas) em partes das penas ou na totalidade delas. Se o periquito for verde, as manchas serão amarelas e se ele for azul, as manchas serão brancas.
Em qualquer das mutações Arlequins é impossível encontrar dois espécimes iguais devido a um fator genético aleatório que condiciona o local onde a mancha surgirá.

Existem cinco tipos de Arlequins conhecidos, alguns são dominantes e outros recessivos. Veja a seguir:

a) Arlequins Dominantes
· O Arlequim Australiano (ADA) deve ter uma mancha na nuca, uma risca horizontal sobre o peito e a cauda deve ser clara. No resto do corpo, as marcas são normais, porém, nas asas só os ombros têm marcas.
· O Arlequim Holandês caracteriza-se pela existência de partes completamente amarelas ou brancas, embora a quantidade de amarelo ou branco seja menor do que nos Arlequim Australiano. Existe uma mancha localizada na nuca. As rêmiges e as penas próximas a elas e as da cauda são amarelas ou brancas. Normalmente só existe uma mancha amarela ou branca no papo.
· O Rêmiges Claras é uma variedade que se caracteriza pela existência de partes completamente amarelas ou brancas, sendo que as partes claras se resumem a uma mancha na nuca, às rêmiges e cauda. Em todas as outras partes do corpo são iguais aos periquitos normais.

b) Arlequins Recessivos
· O Arlequim Recessivo (AR) ou Arlequim Dinamarquês tem a cera mais clara, ao contrário dos outros e via de regra as partes claras surgem nas asas e especialmente no peito e na nuca.
· O Mottle é um tipo de Arlequim, que nasce como um periquito de cores normais,
'não-arlequim” e ao longo das mudas de pena que vai efetuando, vão-lhe aparecendo zonas claras, até perder completamente todas as marcas.


ARLEQUINS DOMINANTES


O PERIQUITO ARLEQUIM AUSTRALIANO  ( ADA )

O primeiro Periquito Arlequim Australiano surgiu na Austrália em 1935.
ADA” = “Arlequim Dominante Australiano”, daí então, já se sabe que esta é uma Mutação Autossômica Dominante.
O Periquito Arlequim Australiano caracteriza-se pela existência de manchas amarelas ou brancas no corpo. Essas manchas usualmente são de cor pura, isto é, são somente brancas ou somente amarelas, conforme a linha de cor do espécime.
Os olhos são pretos com a íris branca e os pés azuis ou rosados.
Os Arlequins Australianos (ADA) devem ter uma mancha na nuca, uma risca horizontal sobre o peito e a cauda deve ser clara. No resto do corpo, as marcas são normais, porém, nas asas só os ombros têm marcas.
A quantidade de manchas claras e a sua colocação é aleatória, podendo aves muito claras dar origem a aves muito escuras e vice-versa, do mesmo modo aves com falta de spots poderão dar origem a aves com todos os spots, podendo também ocorrer o inverso.
Torneios e Exposições: Nas aves de exposição o amarelo ou branco não pode exceder 50% do corpo, as rêmiges e as penas compridas da cauda devem ser totalmente amarelas ou brancas. As manchas da face devem ser violeta e devem ser visíveis seis spots assimetricamente colocados na máscara. Sempre que o amarelo ou branco apaguem as manchas da face ou os spots total ou parcialmente são susceptíveis de penalizações nas exposições.


O PERIQUITO ARLEQUIM HOLANDÊS

Esta variedade é uma Mutação Autossômica Dominante.
O primeiro Periquito Arlequim Holandês surgiu na Holanda em 1940.
O fator Arlequim Holandês caracteriza-se pela existência de partes completamente amarelas ou brancas, conforme a linhagem do exemplar (verde ou azul), embora a quantidade de amarelo ou branco seja menor do que nos Arlequim Australiano.
Existe uma mancha localizada na nuca. As penas das asas [rêmiges e as próximas a elas] e as da cauda são amarelas ou brancas. No corpo, habitualmente as cores e marcações são as das aves normais, só existindo uma mancha amarela ou branca no papo. As manchas laterais das faces são violeta. A cera é azul nos machos e castanha nas fêmeas, os olhos são pretos com a íris branca e os pés azuis ou rosados.
Embora essas aves devam apresentar os seis spots no mesmo local das aves normais, é comum ocorrer a falta de alguns spots ou a ausência total dos spots.
A quantidade de manchas claras e a sua colocação é aleatória, podendo aves muito claras dar origem a aves muito escuras e vice-versa, do mesmo modo aves com falta de spots poderão dar origem a aves com todos os spots, podendo 
também ocorrer o inverso.


O PERIQUITO DE RÊMIGES CLARAS 

Esta variedade é uma Mutação Autossômica Dominante.
Lembremos que "Rêmiges" são aquelas penas longas das asas de todas as aves. As Rêmiges são as penas responsáveis pelo voo e pela manutenção do equilíbrio da ave durante o voo.
O Rêmiges Claras é uma variedade Arlequim que se caracteriza pela existência de partes completamente amarelas (se de corpo verde) ou brancas (se de corpo azul), sendo que essas partes claras se resumem a uma mancha na nuca, às rêmiges e à cauda. Em todas as outras partes do corpo os Rêmiges Claras são iguais aos periquitos normais.
Estes Periquitos têm os olhos pretos com a íris branca e os pés azuis ou rosados, a máscara é igual à dos Periquitos normais, com seis spots e as manchas violetas. Geralmente o amarelo ou branco da máscara não se retém apenas na máscara, prolongando-se um pouco pelo corpo.
Para obtermos descendentes desta variedade completamente amarelos ou brancos devemos cruzar ‘portadores de arlequins recessivos’ com ‘arlequins recessivos’.


Obs.1: As Variedades “Arlequins Recessivos” serão apresentadas e discutidas quando da postagem dos artigos das “Mutações Recessivas”.
Obs.2: As fotos postadas neste artigo foram obtidas via internet, através do Google Search.




Flavio G. Spina é Biomédico, Professor, Criador de Pássaros Exóticos e Psitacídeos Australianos. Desde o início do século 21 desenvolve estudos e pesquisas sobre a Genética das Cores dos Periquitos Australianos.