CORPOS CLAROS
O fator Corpos Claros é caracterizado pela diluição da cor do corpo
destes periquitos em relação aos de cores normais, sem acontecer o mesmo com as
marcas escuras.
Essa mutação surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1950.
A cor do corpo dos Corpos Claros é muito mais clara que a cor dos
Periquitos de Cores Normais porém, as marcas do dorso, asas e cauda tem a
intensidade semelhante aos normais.
A foto (obtida na internet) é de Corpo
Claro Cinza (do Texas).
Existem duas variedades de Corpos Claros:
·
Corpos Claros de Easley - Mutação Autossômica Dominante
|
·
Corpos Claros do Texas - Mutação Ligada ao Sexo
|
A primeira variedade é conhecida por Corpos Claros de Easley, porque “Easley”
era o nome do criador americano que conseguiu esta mutação.
A segunda variedade é conhecida por Corpos Claros do Texas, pois foi no
estado do Texas/USA, que surgiu tal mutação.
Os Corpos Claros de Easley tem a mesma tonalidade em todo o corpo e as
marcas mais escuras do que nos periquitos de cores normais.
As marcas dos Corpos Claros do Texas vão se diluindo desde o topo das
asas (ombros) até as rêmiges.
Os Periquitos de ambas as mutações de Corpos Claros, igualmente aos
periquitos de cores normais, têm olhos pretos com a íris branca, as manchas da
face são violeta sem diluição, os spots e as marcas das costas e das asas são pretos.
As rêmiges são cinza pálido e a cauda azul escuro.
ANTRACITE
Antracite é a mais escura de
todas as variedades. Suas cores são de um cinzento muito escuro, aproximando-se
bastante da cor preta. Esse fato nos induz a pensar em uma mutação
caracterizada por um aumento excessivo de melanina (pigmento responsável pela cor
escura), aumentando a intensidade das marcas e das cores do periquito.
O corpo fica cinzento muito
escuro e as marcas das costas e asas de um preto intenso. As manchas da face,
bem como as rêmiges e as penas grandes da cauda são de um cinzento quase preto.
Os olhos são pretos com a íris branca e os pés cinzentos.
Existe uma certa controvérsia
relativa ao modo de transmissão genética da variedade Antracite, por esta
mutação ter sido conseguida recentemente e ainda não muito estudada e os
resultados ainda pouco divulgados, o que resulta na existência de poucos dados
sobre a mesma.
Em face de resultados de estudos
e experimentos realizados por alguns importantes criadores europeus, de
Portugal e da Alemanha, ao que tudo indica, trata-se de uma Mutação Autossômica
Recessiva, apesar de alguns autores dizerem ser uma Mutação Autossômica
Dominante.
Ainda
Eu, particularmente, considero
precipitado e imprudente afirmarmos, sem a devida certeza, qual o modo de transmissão
genética desta variedade. Creio ser mais adequado aguardarmos mais dados, que
acredito, virão em breve, dada a curiosidade que essa bela mutação desperta.
Obs.: O periquito da foto (obtida
na internet) é um Antracite Azul.
Flavio
G. Spina é Biomédico, Professor, Criador de Pássaros
Exóticos e Psitacídeos Australianos. Desde o início do século 21 desenvolve
estudos e pesquisas sobre a Genética das Cores dos Periquitos Australianos.
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