domingo, 2 de março de 2014

CORPOS CLAROS & ANTRACITE




CORPOS CLAROS


O fator Corpos Claros é caracterizado pela diluição da cor do corpo destes periquitos em relação aos de cores normais, sem acontecer o mesmo com as marcas escuras.
Essa mutação surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1950.
A cor do corpo dos Corpos Claros é muito mais clara que a cor dos Periquitos de Cores Normais porém, as marcas do dorso, asas e cauda tem a intensidade semelhante aos normais.

A foto (obtida na internet) é de Corpo Claro Cinza (do Texas).


Existem duas variedades de Corpos Claros:

·         Corpos Claros de Easley - Mutação Autossômica Dominante
·         Corpos Claros do Texas - Mutação Ligada ao Sexo

A primeira variedade é conhecida por Corpos Claros de Easley, porque “Easley” era o nome do criador americano que conseguiu esta mutação.
A segunda variedade é conhecida por Corpos Claros do Texas, pois foi no estado do Texas/USA, que surgiu tal mutação.
Os Corpos Claros de Easley tem a mesma tonalidade em todo o corpo e as marcas mais escuras do que nos periquitos de cores normais.
As marcas dos Corpos Claros do Texas vão se diluindo desde o topo das asas (ombros) até as rêmiges.
Os Periquitos de ambas as mutações de Corpos Claros, igualmente aos periquitos de cores normais, têm olhos pretos com a íris branca, as manchas da face são violeta sem diluição, os spots e as marcas das costas e das asas são pretos. As rêmiges são cinza pálido e a cauda azul escuro.


ANTRACITE

O primeiro periquito da variedade Antracite surgiu em 1998.
Antracite é a mais escura de todas as variedades. Suas cores são de um cinzento muito escuro, aproximando-se bastante da cor preta. Esse fato nos induz a pensar em uma mutação caracterizada por um aumento excessivo de melanina (pigmento responsável pela cor escura), aumentando a intensidade das marcas e das cores do periquito.
O corpo fica cinzento muito escuro e as marcas das costas e asas de um preto intenso. As manchas da face, bem como as rêmiges e as penas grandes da cauda são de um cinzento quase preto. Os olhos são pretos com a íris branca e os pés cinzentos.
Existe uma certa controvérsia relativa ao modo de transmissão genética da variedade Antracite, por esta mutação ter sido conseguida recentemente e ainda não muito estudada e os resultados ainda pouco divulgados, o que resulta na existência de poucos dados sobre a mesma.
Em face de resultados de estudos e experimentos realizados por alguns importantes criadores europeus, de Portugal e da Alemanha, ao que tudo indica, trata-se de uma Mutação Autossômica Recessiva, apesar de alguns autores dizerem ser uma Mutação Autossômica Dominante.
Ainda

segundo o criador de Portugal, os pássaros mais escuros teriam um duplo Fator Escuro aliado ao Fator Antracite. Esse mesmo autor cita o seguinte: - “Possuo um macho antracite e cruzei-o com uma fêmea azul celeste e todas as 5 crias são azul cobalto. Apenas com estes resultados, que são poucos, tudo leva a crer que o macho seja antracite malva e que o factor antracite seja recessivo.”
Eu, particularmente, considero precipitado e imprudente afirmarmos, sem a devida certeza, qual o modo de transmissão genética desta variedade. Creio ser mais adequado aguardarmos mais dados, que acredito, virão em breve, dada a curiosidade que essa bela mutação desperta.

Obs.: O periquito da foto (obtida na internet) é um Antracite Azul.


Flavio G. Spina é Biomédico, Professor, Criador de Pássaros Exóticos e Psitacídeos Australianos. Desde o início do século 21 desenvolve estudos e pesquisas sobre a Genética das Cores dos Periquitos Australianos.



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